Yanne + Frederico

Após 04 (quatro) meses de amizade e 03 (três) meses de caminhada, iniciamos o namoro. Foram quase 03 (três) anos de namoro, e agora vivemos o tempo de noivado - um momento de preparação e oração para o matrimônio. Vamos casar em breve, com a graça de Deus e a intercessão de Nossa Senhora! Viver este momento final, que, na verdade, marca o início de outra trajetória, faz-nos recordar a nossa primeira saída, que foi pra pizzaria, em Arapiraca, no dia em que nos conhecemos, ainda em 2021 - em uma convivência com dois amigos da Comunidade Vida do Shalom.

"De tanto não parar a gente chegou lá" - A letra da música sinaliza bem alguns momentos do namoro. Embora o desejo de nos encontrarmos sempre existisse pra vermos um ao outro, confessamos que, por vezes, em meio aos compromissos de comunidade, de trabalho e de estudo de cada um, os trajetos Delmiro Gouveia - Arapiraca + Maceió - Arapiraca / Arapiraca - Maceió nem sempre foram tão simples. Em muitas ocasiões, eles exigiram um esforço a mais, uma dose de compromisso a mais com aquilo que vinha sendo construído e que, em breve, será concretizado no altar. Esforço esse que, com certeza, vai ser um alicerce para o 'para sempre' que vamos dizer um ao outro em breve. Esforço esse que sinaliza a correspondência humana à graça de Deus que se derrama todos os dias sobre cada pessoa no mundo inteiro. Esforço esse que será determinante para mantermos a fidelidade e o compromisso ao outro durante os tantos anos até que a morte nos separe. Esforço esse tão necessário a cada realização e a cada passo da caminhada, porque Deus sempre faz a parte dEle - mas cumpre a nós fazermos a nossa também, colaborando com essa graça.

Nesta vivência do tempo de noivado, estamos aprendendo, nos blocos formativos, que "O futuro da humanidade passa pela família" (São João Paulo II). A frase - do papa que agora é santo - é uma fortaleza neste processo. É que, olhando pros lados, vemos uma sequência de divórcios, separações, nulidades matrimoniais (às vezes por razões compreensíveis, é verdade), adultérios e mais adultérios (mesmo em meio a casamentos já devidamente constituídos), de forma que acabamos naturalizando aquilo que não deveríamos naturalizar. Embora saibamos que o amor de Deus supere tudo, aprendemos que situações como as mencionadas não constituem o sonho do Criador, "não fazem parte da formação ideal" (como já falava também o Papa Francisco). São João Paulo II, então, nos aponta uma orientação que dá alicerce ao que vai ser concretizado. É como um: "Vamos lá, com vocês vai ser diferente! Mas vai exigir empenho, pois é caminho de santidade. Com a graça de Deus, sendo sempre três (Vocês dois + Deus), vai dar certo". As tentações e dificuldades vão surgir, as inclinações para pecarmos e ferirmos o compromisso sempre estarão por perto, mas sabemos que o 'para sempre' deve ser realizado no cotidiano - e não ser transformado apenas em mais uma oratória repetida naquele momento do altar. Assim, sabendo que não queremos apenas ser salvos, mas que desejamos ser santos, estamos animados e convictos da bênção, mas também dos combates que nos esperam. Afinal, como dizia o Padre Jonas, fundador da Comunidade Canção Nova: "O último combate do demônio é contra a família".

Dessa forma, colocamo-nos de prontidão, com ânimo e bem dispostos, a seguirmos adiante, selando um compromisso de vivermos um 'para sempre' de verdade, autêntico, real, e não apenas por cumprimento de tabela (por seguir tradições familiares), não apenas para termos uma companhia, não apenas usando o outro pra satisfazermos nossos impulsos sexuais, e não apenas usando o outro como um instrumento para a realização do desejo de maternidade ou paternidade, mas sim porque sabemos que isso é uma vocação, é pra fazermos o outro feliz (e não para apenas nós sermos felizes individualmente) - vendo-o, antes de tudo, como um ser amado por Deus de forma única e incondicional -, pra tornarmos o outro santo, conduzindo-o para o Céu sem nem passar pelo purgatório. E, para isso, contamos com a intercessão de cada um de vocês - não apenas agora, mas sempre que se lembrarem de nós.

“Per aspera ad astra.”